uma proposição para conversar e experimentar juntos e talvez... inventar um playground!
A rua da residencia artistica Capacete, no Rio de Janeiro e uma rua sem saída que tem uma vida ativa, onde seus moradores interagem nesse ambiente vivo de uma pequena cidade do interior. Uma característica interessante dessa rua é a amizade dos moradores, que conversam nas calçadas, produzem chorinho nas 4ª feiras e manifestações espontâneas são comuns por todos os lados, mas apesar de tanto, ela não possui uma área exclusiva de coexistência para crianças locais, um espaço de convivência segura e motora, lúdica e feliz.
Percebendo essa carência tanto na rua como na região, nós do Pequeno Laboratório, começamos a apresentar para as crianças que participam do workshop, pequenas reflexões e percepções sobre a cidade e a rua que vivemos. Perguntas como o que é uma cidade? Como é a arquitetura e as ruas do nosso bairro? Como podemos viver felizes na nossa cidade? Quais são os problemas da nossa cidade? Estas entre outras, foram questionamentos que estimularam os pequenos a pensarem e discutirem sobre o ambiente a sua volta, seu corpo e a cidade.
Como parte do exercício de pensar a cidade, as crianças criaram desenhos e produziram imagens de como seria a "nossa" cidade perfeita e como construiríamos ela. A partir desses traçados, decidimos traduzi-lós no espaço da rua. Numa área específica, onde os moradores já conseguiram mudar de estacionamento de carro para uma átrio de cimento e poucas árvores. Já manifestando a necessidade de um espaço de convivência entre os moradores.
Durante a semana, coletamos caixas de papelão. No espaço escolhido espalhamos as caixas e pedimos para as crianças criarem algo que faltasse naquele lugar. Intuitivamente cada criança foi dominado o espaço e percebendo o que desejava. Uns queriam escorregar numa rampa e criar um tobogã, enquanto outras começaram a construir uma casa com passagens secretas e labirintos. Formando uma amalgama de possibilidades onde só o corpo da criança pode passar e entender.
Com esse experimento, resolvemos transformar esse desejo em realidade. Projetamos a partir do que foi feito pelas crianças o projeto Sistema Lento. Sistema lento porque queremos colocar suas experiências, desejos, ideias, depoimentos e ter o tempo por isso ; um processo ao longo do tempo para discutir, experimentar, e criar juntos com as crianças.
Asia Komarova, Adeline Lepine, Caroline Valansi com contribucaoes de Camilla Rocha Campos e Bethania Furtrado
Nos queremos tambem agradecer as pessoas que tem doado para o crwodfunding:
Holmes Wilson, Merel Zwarts, Rogeria, Cristina Ribas, Joao Mode, Rikkert Paauw, Laura Tavares, Pedro Evora, Discovery Hostel, Helmut Batista, Valdinar and Cicero, Michele Tagliaferri, Natalia Pershina, Kristen Heuber, Manja Rijken, Judith Augustinovich, Martina Bovini, Michiel de Roo, Carlos and Eelco, Jean Allard, Juliane Peixoto, Luiz G. Vergara.